EXPOR e OPINAR SOBRE CASOS: OBRIGAÇÂO DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
Ausência por doença
Este tem
sido um dos meus piores verões de sempre. Mesmo pior que o de 1973, depois do
meu acidente com o Escort RS nas Antas a 13 de maio. Nesse Verão a minha mente
aprendeu a suportar a dor. Neste, o meu corpo suportar, primeiro, erros ou
falhas médicas, e, no passado fim-de-semana, enfrentou uma pneumonia. E, minha
mulher a lidar com todos estes sustos. Uma heroína.Por isso, o meu internamento na CUF e a minha ausência nos últimos dias. Mesmo ainda hospitalizado, aqui vão alguns pensamentos.
Parabéns Autosport
Na semana
passada estive para escrever sobre o “novo Autosport”. Para dar os parabéns ao
Pedro Correa Mendes por, apesar de tudo, de todos os constrangimentos da crise
económica e publicitária, ter conseguido, agora, nestas ultimas semanas “dar a
volta” ao problema, pelo menos ao editorial. Ao contrário de muitos editores
que se encostam às receitas publicitárias e tinham nelas uma elevada
percentagem das suas receitas, desleixando o conteúdo, ou seja, o interesse do
seu público leitor – a base de tudo em jornalismo e em edições – atingiu agora
o seu objetivo editorial: interessar um maior leque de leitores oferecendo-lhes
assuntos em todas as modalidades e atividades de desportos motorizados. Claro, isto tem sido conseguido com o esforço hercúleo com sacrifício super-humano pessoal de cada um dos remanescentes membros da redação.
Prestígio e alta qualidade na cobertura da
F1
Iria, no
entanto, também referir nessa crónica de há dias o enorme vazio que a saída do
Luis Vasconcelos dava às páginas do Autosport, jamais compensado pela edição ou
até só de “copy-paste” dos comunicados das várias equipas via internet, apesar
dos notáveis esforços dos “mosqueteiros” que lá ficaram na redação.Agora, sim, li na edição de ontem que teremos o regresso de um dos três ou quatro melhores jornalistas da Fórmula 1 em todo o mundo – o Luis. O Autosport recupera, assim, o seu prestígio. Deste colega e do próprio título. Eu sei bem – dos meus tempos de cobertura de GPs, e das colaborações do Luis em publicações editadas por mim – o enorme prestígio dele no paddock da F1, entre os chefes de equipas, junto aos pilotos, e entre os nossos melhores colegas estrangeiros e, também, entre os editores das grandes publicações japoneses, inglesas e francesas, entre outras.
Defesa dos interesses e exposição de casos
Pedro Correa
Mendes está ainda de parabéns pois finalmente (talvez eu tenha estado desatento
anteriormente) escreveu no penúltimo número do seu Autosport um editorial que o
jornal – e o nosso automobilismo – merecem. Os Meios de Comunicação Social têm
como obrigações informar, formar e divertir. Bem como defender os interesses
dos seus leitores, o que faz também parte da formação.Já há algum tempo que o Autosport tem vindo a pautar-se – mesmo antes desta nova série – por posições invariavelmente “politicamente corretas”, ou até mesmo – quase sempre – por não tomar posições sobre questões de fundo ou casos específicos ligadas ao desportos motorizados ou danosos para eles. Quando devia ser o porta-voz dos interesses de todos os atores do seu tema.
Não basta abrir espaço para colunistas darem as suas opiniões, na maioria dos casos, graciosamente. O jornal, seu editor, têm de tomar posições firmes. Para criticar. Para elogiar. Para sugerir soluções. Para ser o verdadeiro porta-voz de todos nós, amantes dos desportos motorizados.
Esperemos que assim o venha a ser de futuro. Porque só informar não chega.
É ótimo encontrar o sempre jovem e incomparável “Peixe”, e ouvir as suas estórias. Desta vez lembrou-me que o valor pelo qual vendeu, por volta de 1970 (não recordo oano exato) em Benguela, Angola, o meu Lotus Elan 26R, matrícula SM1, ao Cardoso Albernaz, foi 140 contos. Peixinho comprara-o a Jeff Uren, em Inglaterra, e dois meses depois vendera-mo.
Também fiquei com a certeza de que o serviço de Relações Públicas da ZON já não é o que era… Por isso, a minha crítica ao filme sobre o duelo Niki Lauda vs James Hunt pelo título de 1976 ficará para mais tarde. Com todo o meu interesse pois segui de muito perto as peripécias da produção deste filme – que não um documentário, note-se bem – só foi possível graças aos proprietários de Fórmula 1 Históricos e ao trabalho do meu amigo Stuart McCrudden na coordenação da participação desses carros cujos donos fizeram questão de os pilotar no filme. Muitos destes carros serão vistos em Portugal ainda este mês, em Portimão, na nova categoria - Classic Formula One –, dando seguimento ao seu excelente trabalho como coordenador da HFO que trouxemos por seis vezes a Historic Festivals na Península Ibérica.
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