Ee blog terá, pelo menos duas vezes por semana, as minhas opiniões e comentários sobre desporto – sobretudo automobilismo – e sobre a vida nacional (portuguesa e brasileira) e internacional, com a experiência de 52 anos de jornalismo, 36 anos de promotor e 10 de piloto. Além de textos de convidados, e comentários de leitores.
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sábado, 23 de novembro de 2013

PARKALGAR E MORTES NO FUTEBOL: MAIS QUESTÕES E PERGUNTAS
Ontem ficaram ainda algumas questões e perguntas para fazer no meio de tantas dúvidas (e dividas) e falta de informação que tem sido dada aos OCS e ao público português e até internacional.
No caso que ultrapassa o estranho de tudo o que se tem passado no Circuito de Portimão, tão acarinhado (e subsidiado) pelo último partido socialista com fundamentos da sua importância para o turismo regional – ideias também partilhadas pelo Juiz que há no ano passado aprovou o PER da Parkalgar, e que, em princípio até poderiam ser válidos se a gestão da infraestrutura e dos eventos fosse competente o suficiente para proporcionar o retorno internacional que se pode esperar de um tamanho investimento – ainda ficou algo para perguntar a quem já o devia ter esclarecido.
Por que motivo esse PER favoreceu apenas dois credores (Millennium BCP e a construtora Bemposta)? Por serem os maiores? Só por isso? Não houve motivos políticos e/ou pessoais nessa escolha? E, outros credores que não podem ser classificados como “pequenos”, como, por exemplo, uma das empresas de Bernie Ecclestone, com cerca de €2,5 Milhões e a Ocean Racing (de Tiago Monteiro e José Guedes) com mais de €5 Milhões?
O público – acionistas do Millennium BCP, contribuintes em geral, e todos os agentes do automobilismo – são credores também, mas de esclarecimentos, pois toda esta “embrulhada” do AIA afeta a todos, inclusive a empresas que têm usado aquela maravilhosa infraestrutura desportiva – para mim, continuo a afirmar, como ex-piloto e ex-promotor – o melhor autódromo da Europa pois ali até água já faltou pelo menos durante uma apresentação internacional de uma marca automóvel de prestigio, o que não repercute muito bem para o … prestígio nacional.
Temos todos o direito de saber tudo em pormenor, até porque agora está envolvida uma entidade que tem como sócios principais quatro estruturas estatais que portanto, têm de defender o dinheiro dos contribuintes: IAPMEI,  AICEP, Turismo de Portugal e DGTF – Direção Geral do Tesouro e Finanças.
Ou, não será assim num país em que se apregoa – mas raramente se exerce – a  transparência, principalmente com os dinheiros e interesse públicos e do público?
Por favor, alguém nos esclareça a todos, já agora também e sobretudo aos agentes do automobilismo. A começar pela FPAK e seus associados, os clubes.

Mortes de futebolistas – até quando não se conseguem evitar em Portugal?
Há uma semana o jovem futebolista do Torizense, de 20 anos, Alex Marques, teve uma paragem cardíaca aos sete minutos de jogo. O presidente do clube da casa, Jorge Marques, declarou que o socorro médico, e o INEM tardou 20 minutos a chegar porque “se perdeu”. E, as condições neste campo de futebol tardaram já oito anos? E o desfibrilador onde estava no campo do Torizense?... Este clube já havia protagonizado, em 2005, a morte de outro de seus jogadores – Mauro Gama.
Todos devem-se também lembrar a morte do jogador húngaro do S.L Benfica,  Miklós "Miki" Fehér, a 25 de janeiro de 2004, no jogo contra o Vitória de Guimarães (vide no Youtube). Também ele, aos 25 anos, foi vítima mortal, no relvado do jogo, de uma paragem cardiorrespiratória e faleceu ali, no exercício da sua profissão.
Há um ano assistimos, pela TV, a semelhante caso em White Hart Lane, estádio do Tottenham Hotspurs, no norte de Londres, que tão bem conheço. No jogo da Taça de Inglaterra entre os Spurs e o Bolton Wonderers, Patrice Muamba, internacional na equipa de Inglaterra, sub-21, apesar ser congolês (chegou a Inglaterra aos 11 anos quando os seus pais fugiram do genocídio no Republica “Democrática” do Congo) caiu inanimado no relvado com uma paragem cardiorrespiratória.
Depois de 10 minutos de pânico e dor sentimental entre os 36.000 espetadores, as duas equipas em jogo, do árbitro Howard Webb, de muito silêncio e comoventes aplausos e cânticos das bancadas com o nome de Muamba e de muito e rápido trabalho competente por parte de médicos e equipas de socorro emergencial médico, Patrice foi ressuscitado, transportado pata o London Chest Hospital e salvo (impressio9nante vídeo no Youtube – Patrice Muamba). A ponto de meses depois se ter posta a possibilidade de ele voltar a jogar, o que o próprio e os seus médicos depois descartaram.
Destes quatro episódios com finais diferentes perguntamos: há (ou não?) uma lei que obriga os organizadores e promotores de espetáculos e eventos públicos a terem equipamento e pessoal médico treinado para casos destes, a ressuscitar atletas, artistas ou público de paragens cardiorrespiratórias? Este é um problema muito grave a ser tratado pelas autoridades competentes e pelos organizadores de eventos.
Os  promotores e organizadores de provas de automobilismo, são obrigados – e muito bem – pela FPAK e pela FIA (como aliás a Premier League e a Football Association), a ter os necessários meios médicos disponíveis “in loco”.  Só porque o automobilismo é um desporto perigoso). E os outros eventos? Haja paciência para tanta incompetência e tanto desleixo, inclusive das autoridades.

Amanha não perca: HISTORIC FESTIVALS – 10 ANOS.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

AIA – INTERNATIONAL AUTODROME OF THE ALGARVE
HAS THE PUBLIC BEEN DUPED?
By Paul Rees – Algarve Daily News
 nt ·Emai “Portugal Capital Ventures has acquired exclusive control over Parkalgar Serviços SA and consequently gains sole control over assets that make up a commercial establishment located in Portimão”, so read the statement issued to the press by Portugal’s “Autoridade da Concorrência” (Competition Authority) in September this year.
It is the definition of ‘exclusive control’ that now is worrying the financial and motor racing sectors, keen to see the racetrack succeed under new ownership and new directors, but are new brooms sweeping clean?
If Portugal Capital Ventures owns 100% of Parkalgar, as it has let everyone believe, including the Autoridade da Concorrência, then why are there numerous shareholders listed on its share register with not one of them listed as 'Portugal Capital Ventures'?
The shareholding schedule is a mess of detail with Autodromo International do Algarve owning 1.3 million Category ‘A’ preferential shares but with no note as to what powers these shares have.  There are the original nepotistic junior shareholdings, Parkalagar and builder Bemposta are family affairs after all, which may explain why every creditor has taken a haircut apart from building company Bemposta. The Portimão based builder of the autodrome was owed €10.3 million before the recent financial restructuring and was still owed €10.3 afterwards. The family relationship between Parkalgar and Bemposta with directors owning shares in each was not good practice in a project of this scale and ‘national importance.’

Even the bankers BCP took a hit, as did the common creditors including Formula One boss Bernie Ecclestone (€3.2 million owed to his company GP2 Ltd), Oceanational Motor (€4.9 million – owner of the Portuguese Ocean Racing Technology team of which Tiago Monteiro is the public face) and Infront Motor Sports Organisation (€1.3 million – Superbike World Championship organisers) along with local companies that had the financial misfortune to work on the Autodrome project.
There is also an unexplained change in the articles of association of the company which is not made clear, and there is no note of to whom the last two capital increases (€4,491 and €9,988,272) were issued, taking the total capital issued to €11,372,368.
So the ownership appears not to have changed at all and therefore deep suspicions exist as this could be similar to many of the ‘deals’ by private equity firms similar to Portugal Capital Ventures where leveraged buy-outs of companies are announced with fanfare but using no real money, with ensuing kickbacks and cushy jobs to public officials. Later any real assets, land in this case, are transferred to the new company while leaving the ‘loans’ in the lap of the hapless and impotent taxpayer.
While not wishing to judge until the facts are made clear, the famous quote by F. Ross Johnson, former president of RJR Nabisco, comes to mind: "Never play by the rules, never pay in cash and never tell the truth." Let's hope Portugal Capital Ventures is not playing by the RJR Nabisco rules. Of course, Johnson could have added another mantra, "Make sure, in any deal, we get most of the profits while costs end up with someone else."
The above lines are not accusations, they are warnings. The point is that the devil should never be in the lawyers' detail; any relevant and important information should be explicit and understood by anyone who is numerate and literate. It seems that many modern press announcements by venture capital companies are designed to mislead or leave out key details, rather than to inform. The public could get the impression that CEOs of private equity firms imagine that the general public are just plain stupid.
As for the current Parkalgar shareholders list, it defies commercial logic to retain the services of Paulo Pinheiro as a director of the ‘new’ Parkalgar. He was the director under whose directorship Parkalgar needed rescuing twice, first in a formal Processo Especial de Revitalização de Empresas where small, and not so small creditors were railroaded by Bemposta and bankers BCP to agree to a deal whereby they were to receive a small percentage of their money, money (30% paid only after the apartments began to be sold off i.e. spread over many years.) Secondly in the latest rescue by Portugal Capital Ventures whose triumphant arrival was ostensibly to take control of the business, restructure and manage it properly, and probably sell it on to a company with experience in running this type of composite business which includes a racetrack, real estate, an hotel, a kartodrome, and a planned technology park.

Portugal Capital Ventures has announced through the Autoridade de Concorrência that it controls Parkalgar and hence the Autodrome and associated infrastructures and partially built hotel and accommodation areas. Eyebrows were raised at the approval of the takeover as the Autoridade da Concorrência must have known that there are two other permanent circuit in Portugal – Braga, privately owned, and Estoril, totally owned by Parpública Participaçoes Públicas, SGPS, SA, the state owned company that manages assets on behalf of the public. If it does not own Parkalgar's share capital it is hard for the public to understand how it controls the business. If Portugal Capital Ventures has somehow taken over the business without owning a single share in Parkalgar, the public should be told.
The current mystery, and hence concern, over the actual ownership of Parkalgar, and the suspicious retention of a director under whose direction the business took several wrong turns, sets alarm bells ringing across the racing world and the financial industry in Portugal that does not need any further upset as it tries to rebuild confidence in the aftermath of the crisis and of various banking scandals.
It should also set alarm bells ringing in Portugal's  political world as if this is a set up of some sort it will inevitably end up with the venture capital company winning out and the taxpayer being left with the bill.
This whole project has been smeared with a political brush since the time of Jose Socrates' premiership and the partially successful under-the-counter funding of the Tiago Monteiro racing team.
Portugal Capital Ventures needs urgently to explain its plans and the Algarve's MPs need to start asking some detailed questions in parliament as to how a venture capital company can ‘rescue’ a business, announce complete control yet seem not to own a single share.
These questions are even more pertinent given some of the recent scandals in the last few years, including the one involving the purchase of three German submarines from Ferrostaal which was heavily criticised by MEP Ana Gomes. Bribery of Portuguese middle men has been proved in a German court yet nobody yet has been accused in Portugal.

With Parkalgar’s apparent maze of shareholdings listed in the register, which seems to conceal more than it reveals, let's hope there are no contracts with directors (or anyone else) that have unforeseen consequences. Two appointments stick out from the list of Parkalgar’s directors; Jaime Trindade Bernardes Costa of Buisiness Consulting Services- Consultores de Gestao Lda, and Rui Luis Dias Pereira de Sousa from the Lisbon School of Economics. Neither of these eminent men would seem to be from the Venture Capital company although they may ‘represent its interests.’

The public needs clarity and to be assured that this deal is not one where a few financiers will benefit and the public end up footing the bill, followed by a public enquiry and assurances that this “will never happen again.”
This is especially important in a deal which seems to involve both private and public capital. It's not just a question of who owns what now, it's primarily a question of who will own what in the near future, including any profits, losses and share options – and the land.
Who is looking after the interests of the 288 small creditors? Is is easier to run a business as complex as Parkalgar knowing that if anything goes wrong the smaller original  suppliers are way down the creditors list and if the business fails again, the state, ie the taxpayer, will pick up the financial pieces.
It will also be interesting for Portimão ratepayers to know how much money its recklessly overspent council has shovelled into the autodrome project, but we will leave that for another day ...

Copyright: Algarve Daily News