Ontem ficaram ainda algumas questões e perguntas para fazer no meio de tantas dúvidas (e dividas) e falta de informação que tem sido dada aos OCS e ao público português e até internacional.
No caso que ultrapassa o estranho de tudo o que se tem passado no Circuito de Portimão, tão acarinhado (e subsidiado) pelo último partido socialista com fundamentos da sua importância para o turismo regional – ideias também partilhadas pelo Juiz que há no ano passado aprovou o PER da Parkalgar, e que, em princípio até poderiam ser válidos se a gestão da infraestrutura e dos eventos fosse competente o suficiente para proporcionar o retorno internacional que se pode esperar de um tamanho investimento – ainda ficou algo para perguntar a quem já o devia ter esclarecido.
Por que motivo esse PER favoreceu apenas dois credores (Millennium BCP e a construtora Bemposta)? Por serem os maiores? Só por isso? Não houve motivos políticos e/ou pessoais nessa escolha? E, outros credores que não podem ser classificados como “pequenos”, como, por exemplo, uma das empresas de Bernie Ecclestone, com cerca de €2,5 Milhões e a Ocean Racing (de Tiago Monteiro e José Guedes) com mais de €5 Milhões?
O público – acionistas do Millennium BCP, contribuintes em geral, e todos os agentes do automobilismo – são credores também, mas de esclarecimentos, pois toda esta “embrulhada” do AIA afeta a todos, inclusive a empresas que têm usado aquela maravilhosa infraestrutura desportiva – para mim, continuo a afirmar, como ex-piloto e ex-promotor – o melhor autódromo da Europa pois ali até água já faltou pelo menos durante uma apresentação internacional de uma marca automóvel de prestigio, o que não repercute muito bem para o … prestígio nacional.
Temos todos o direito de saber tudo em pormenor, até porque agora está envolvida uma entidade que tem como sócios principais quatro estruturas estatais que portanto, têm de defender o dinheiro dos contribuintes: IAPMEI, AICEP, Turismo de Portugal e DGTF – Direção Geral do Tesouro e Finanças.
Ou, não será assim num país em que se apregoa – mas raramente se exerce – a transparência, principalmente com os dinheiros e interesse públicos e do público?
Por favor, alguém nos esclareça a todos, já agora também e sobretudo aos agentes do automobilismo. A começar pela FPAK e seus associados, os clubes.
Mortes de futebolistas – até quando não se
conseguem evitar em Portugal?
Há uma
semana o jovem futebolista do Torizense, de 20 anos, Alex Marques, teve uma paragem
cardíaca aos sete minutos de jogo. O presidente do clube da casa, Jorge Marques,
declarou que o socorro médico, e o INEM tardou 20 minutos a chegar porque “se
perdeu”. E, as condições neste campo de futebol tardaram já oito anos? E o desfibrilador onde estava no campo do Torizense?... Este clube
já havia protagonizado, em 2005, a morte de outro de seus jogadores – Mauro Gama.Todos devem-se também lembrar a morte do jogador húngaro do S.L Benfica, Miklós "Miki" Fehér, a 25 de janeiro de 2004, no jogo contra o Vitória de Guimarães (vide no Youtube). Também ele, aos 25 anos, foi vítima mortal, no relvado do jogo, de uma paragem cardiorrespiratória e faleceu ali, no exercício da sua profissão.
Há um ano assistimos, pela TV, a semelhante caso em White Hart Lane, estádio do Tottenham Hotspurs, no norte de Londres, que tão bem conheço. No jogo da Taça de Inglaterra entre os Spurs e o Bolton Wonderers, Patrice Muamba, internacional na equipa de Inglaterra, sub-21, apesar ser congolês (chegou a Inglaterra aos 11 anos quando os seus pais fugiram do genocídio no Republica “Democrática” do Congo) caiu inanimado no relvado com uma paragem cardiorrespiratória.
Depois de 10 minutos de pânico e dor sentimental entre os 36.000 espetadores, as duas equipas em jogo, do árbitro Howard Webb, de muito silêncio e comoventes aplausos e cânticos das bancadas com o nome de Muamba e de muito e rápido trabalho competente por parte de médicos e equipas de socorro emergencial médico, Patrice foi ressuscitado, transportado pata o London Chest Hospital e salvo (impressio9nante vídeo no Youtube – Patrice Muamba). A ponto de meses depois se ter posta a possibilidade de ele voltar a jogar, o que o próprio e os seus médicos depois descartaram.
Destes quatro episódios com finais diferentes perguntamos: há (ou não?) uma lei que obriga os organizadores e promotores de espetáculos e eventos públicos a terem equipamento e pessoal médico treinado para casos destes, a ressuscitar atletas, artistas ou público de paragens cardiorrespiratórias? Este é um problema muito grave a ser tratado pelas autoridades competentes e pelos organizadores de eventos.
Os promotores e organizadores de provas de automobilismo, são obrigados – e muito bem – pela FPAK e pela FIA (como aliás a Premier League e a Football Association), a ter os necessários meios médicos disponíveis “in loco”. Só porque o automobilismo é um desporto perigoso). E os outros eventos? Haja paciência para tanta incompetência e tanto desleixo, inclusive das autoridades.
Amanha não perca: HISTORIC FESTIVALS – 10 ANOS.
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