Ee blog terá, pelo menos duas vezes por semana, as minhas opiniões e comentários sobre desporto – sobretudo automobilismo – e sobre a vida nacional (portuguesa e brasileira) e internacional, com a experiência de 52 anos de jornalismo, 36 anos de promotor e 10 de piloto. Além de textos de convidados, e comentários de leitores.

sábado, 28 de setembro de 2013

ALGARVE'S AUTODROME - NEWS UPDATE

By Paul Rees - Algarve News
Created on Friday, 27 September 2013 16:39
Autodrome may yet do well
Portugal Capital Ventures now owns 100% of the share capital of Parkalgar, the ill-fated company that built the Algarve’s racetrack and which limped from an agreement with its creditors last autumn to failure last week.
Amid public concern over the racetrack takeover that was announced last week, yet was short on details, it was confirmed today that the venture capital company, ultimately owned by the state (please see below), has complete control over the racetrack and over all the other assets formerly owned by Parkalgar.
A source close to Portugal Capital Ventures' management outlined that the strategy for the company was to take over the share capital of Parkalgar at nil cost, but to assume the substantial debts that had built up, including money owed to the bailed-out bank BCP and the constructor of the track, Bemposta.
Other creditors include the smaller and not so small suppliers - some 288 of them - to the failed Parkalgar business who all were bounced into an agreement to waive 70% of the money owned and therefore accept repayment of just 30% of their debts to be paid only when Parkalgar started to sell off the unfinished race track apartments.
As part of the creditors’ deal last November, bankers BCP wrote off around €20 million of the €119 million that it was owed, a figures which will have increased in the past 11 months, and the management of Parkalgar agreed in return to put in place a cost reduction plan and an asset sale programme. These clearly have failed and the taxpayer now owns the business.
Through the state’s use of an adept venture capital company with the resources to finish off the building programme at the track, namely one hotel and the remaining apartment blocks, and to employ the best people to develop and run the business, the racetrack may yet have a chance of success.Autodrome
Portugal Capital Ventures has swallowed Parkalgar, debts and all, and can now remove Parkalgar’s notoriously poor top management and allow the business some breathing space while a new chief executive and management team with relevant experience is assembled for the task ahead. 
In the absence of a commercial buyer, the alternative was to watch the weeds growing through the tarmac and the move has generally been welcomed in Portugal's business community, even though early lack of communication from the new owners does not bode well.
There is still substantial debt but with a grown-up approach to completing the building programme at the track, managing and developing the business and putting in experienced and internationally renowned managers to run the business, the racetrack, often referred to as one of the Algarve’s white elephants, has its best chance yet of a successful future.
Portugal Capital Ventures' shareholders:
IAPMEI - Portuguese SME Support and Innovation Institute
AICEP Portugal Global - Trade and Investment Agency
Turismo de Portugal - Portuguese Tourism Authority
DGTF - Directorate General of Treasury and Finance of the Portuguese Ministry of Finance
Banco BPI - Portuguese Bank
Millennium BCP - Portuguese Bank
Banco Espírito Santo - Portuguese Bank
Banco Santander Totta - Portuguese Bank
Petróleos de Portugal - Portuguese Oil Company
Companhia de Seguros Açoreana - Portuguese Insurance Company
Citibank Portugal - Portuguese Bank
Banco Efisa - Portuguese Bank
Montepio Geral - Portuguese Bank
Banco BIC - Portuguese Bank

sábado, 21 de setembro de 2013

INACREDITÁVEL, MAS ESPERADA - VENDA DO AIA AO ESTADO

Portugal Ventures notifica Concorrência da compra do autódromo de Portimão

Negócios

http://imgoje.viatecla.com/downloadedimages/2013-09-20%20162405_e359ccb1-137b-49f4-93b8-84e3da8b10fd$$EAC3638D-92E2-48EB-B88F-01A1F13BBA92$$FD73B6AC-E506-4B54-8E6D-602B416EE330$$img_ClassifiedDetail$$pt$$1.jpg20/09/13, 16:21
OJE/Lusa

A sociedade de capital de risco Portugal Ventures adquiriu o controlo exclusivo da gestora do autódromo de Portimão, a Parkalgar Serviços, e aguarda agora a luz verde da Autoridade da Concorrência sobre esta aquisição.
    "A Portugal Capital Ventures, Sociedade de Capital de Risco, notifica a aquisição do controlo exclusivo da sociedade Parkalgar Serviços, que, por sua vez, vai adquirir o controlo exclusivo sobre um conjunto de ativos que integram um estabelecimento comercial localizado em Portimão", lê-se no site da Autoridade da Concorrência (AdC).
  O objectivo da operação, especifica a AdC, é a aquisição do controlo exclusivo sobre "um conjunto de ativos" que integram o Autódromo Internacional do Algarve, a pista onde em junho decorreu a sexta jornada da temporada da prova mundial de "superbikes".
  A Portugal Ventures é uma operadora de capital de risco público que ainda no início deste mês abriu candidaturas para conceder investimento, numa fase inicial, ao arranque de projectos inovadores de base científica e tecnológica nas fases iniciais.
 

Os objetivos da Portugal Ventures

Segundo Paul Rees muito bem apontou na edição online do Algarve News (vide:
"A Portugal Capital Ventures normalmente investe em empreendimentos novos ("start-ups") envolvendo atividades inovadoras nos campos científico e tecnológico em fases iniciais, médias ou avançadas. A sua compra deste circuito está bem longe do que a companhia publica como sendo os seus objetivos de referência, na medida em que esta entidade normalmente investe em projetos com grande potencial de crescimento e adquire uma minoria do capital. Investe na expansão e desenvolvimento e proporciona capital para aquisições ("buyouts") e "apenas investe um máximo de 49,9% do investimento total de qualquer companhia", de acordo com o seu site.
"As áreas de interesse para a Portugal Ventures são em projetos de "áreas inovadoras, especialmente em tecnologia de informação, telecomunicações, biotecnologia, internet, multimédia, ciências da vida, têxteis e alta tecnologia", não em grandes pistas de desporto motorizado."

Comentários: inúteis?

Valerá a pena fazer algum comentário a mais esta jogada da Administração da Parkalgar que, penso, envolve, claro, muito mais gente e entidades a nível local - autárquico - bem como do governo central

Sem dúvida que aquela obra é importante e trata-se, como sempre falei e escrevi, de um dos melhores autódromos da Europa.  Pena que não tivesse sido, até agora, melhor administrado. Quer o digam todos os cerca de 298 credores que, segundo um PER-Plano Especial de Recuperação já aprovado por um Juiz (de Faro, se bem me lembro), apesar de todas as inverdades e ridículos erros de planeamento de marketing ali contidos.
Quem ficou a ganhar mais com esta manobra? O Turismo do Algarve? Por favos ...
E quem vai pagar? Bem seremos todos nós, portugueses, - mais uma vez - a pagar por tudo isto. À exceção, se bem me lembro pelo PER, do Millennium BCP e da Bemposta, de uma das construtoras da infraestrutura (da qual fazem parte alguns membros da atual administração da Parkalgar...), e, claro os tais outros credores (entre os quais eu) que irão receber apenas 30% dos seus créditos, apenas depois dos apartamentos da Parkalgar começados a construir há mais de quatro anos e ainda não acabados.
Enfim, depois de autoestradas vazias, das PPP, o Estado vai ter agora dois autódromos - o Circuito do Estoril, através da Parpúplica, e agora o AIA.
Sugiro verem quem serão os novos donos do AIA no site da Portugal Capital Ventures: www.portugalventures.pt
O QUE SERÁ QUE O PARLAMENTO PENSARÁ DISTO? SERÁ QUE SE FARÁ ALGO?

 
JUST OUTRAGEOUS ALTHOUGH EXPECTED...
Created on Friday, 20 September 2013 19:49
AutodromePortugal Capital Ventures has notified the market of its purchase of Parkalgar Serviços, S.A. owner of the Portimão racetrack.
Portugal Capital Ventures, Sociedade de Capital de Risco, S.A. ('Portugal Ventures') normally invests in exciting high-tec start ups and  is an operating arm of IAPMEI, a government investment department under the Ministry for the Economy that normally specialises in helping companies develop their business in Europe and Africa.
Portugal Capital Ventures has acquired sole control of the Autódromo Internacional do Algarve racetrack and is now awaiting the green light from the Competition Authority which is expected to be a formality. Normally the company invests no more than 49% in any business but in this case has assumed control. The company also, and more curiously, is to sign a lease agreement with Parkalgar - Parques Tecnológicos e Desportivos, S.A. which is likely to be the registered owner of the physical assets of land and buildings.
Portugal Capital Ventures has acquired sole control of Parkalgar services, and in turn acquires sole control over a set of assets comprising a business located in Portimão,’ according to the Competition Authority’s website.

Portugal Capital Ventures normally invests in start up ventures involving innovative scientific and technological developments at early, mid, and late venture stages. Its purchase of this racetrack is far from the company’s published terms of reference as the company normally invests in ventures with high growth potential and controls a minority of the share capital. It invests in expansion and development and provides capital for buyouts and it ‘will only invest a maximum of 49.9 % of the total investment in any company,’ according to its website.
The normal area of interest for Portugal Capital Ventures is in projects related to 'innovative areas, particularly in information technology, telecommunication, electronics, biotechnology, Internet, multimedia, life sciences, textiles and high technology,' not large racetracks.
Portugal Capital Ventures is controlled by IAPMEI, a government body that in turn comes under the control of the Portuguese Ministry of the Economy.
IAPMEI was established in response to a Portuguese government initiative to improve competitiveness in the Portuguese market. IAPMEI prefers to provide venture capital to improve companies’ competitiveness in Europe and Portuguese speaking Africa, not Portimão.
This looks like the use of public funds to bail out a poorly managed business. In that Portugal Capital Ventures has no background at all in motor racing or property development it may be a government sponsored holding operation to save the racetrack from folding while an eventual owner is sought.

Copyright Algarve News
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Click here for the letter of notification in Portuguese: http://www.concorrencia.pt/FILES_TMP/Aviso_2013_29.pdf

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

CRÓNICA DE HÁ SEIS ANOS, AINDA ATUAL

As minhas desculpas a todos por ainda não ter escrito nada esta semana, mas problemas de saúde e os respetivos compromissos médicos não me deixaram criar nada suficientemente bom que vos merecesse.
Por isso fui à procura de um texto ainda não publicado e que tivesse algum interesse. Aqui está, escrito há mais de seis anos, e, claro, é preciso ser lido nesse contexto temporal (inclusive a ortografia pré-acordo…):  
 
Londres: cada vez menos acessível.
Não me sairá jamais da memória. Em Dezembro passado apanhei um táxi de Heathrow para South Kensington (cada vez mais atraente este bairro da minha juventude) e quando cheguei ao hotel paguei £50 pela corrida. O taxista riu-se quando eu lhe disse que ele estava recebendo o mesmo, por esta corrida, que eu, há quarenta e três anos recebia do meu pai como mesada.
Está realmente muito, muito caro viver em Londres.
Dois dias depois fui para Paris. Desta vez, por comboio para evitar todo o tumulto e loucuras da segurança aeroportuária britânica. O Pedro da agência de viagens riu-se imenso quando eu lhe pedi um lugar em carruagem com cama. É que nos “meus tempos de londrino” a viagem levava a noite inteira. Agora é mais rápido do que de avião: em 3h 30m vamos do centro londrino ao centro parisiense.

Livingstone: Londres sem carros
Na semana passada voltei a Londres. Não é que o Mayor Livingstone aumentou a área sujeita ao “congestion charge” em mais uns 5km para cada lado?  
“Ele simplesmente odeia automóveis e automobilistas”, comentava John Hugues,  Presidente da Comissão de Históricos da FIA-Federation Internationale de l’Automobile.
“É um recalcado. Há os “have e os have not”, e ele, coitado revolta-se por nunca ter tido nada”, apontava John Hogan, ex-Vice Presidente da Philip Morris e agora director de uma das maiores companhias de marketing desportivo do mundo.
Não dá. Realmente desisti definitivamente de uma das coisas que mais gozo me dava – guiar através de Londres, atravessar Hyde Park, entrar na Trafalgar Square pelo Pall Mall, ou percorer Chelsea, South Kensington, enfim reviver a minha vida aqui no início dos anos sessenta. Agora tem mesmo de ser de táxi. Caríssimo. Ou talvez não pois há um ano só de multas de estacionamento e do “congestion charge” foram quase £200 em três dias.

O centro dos negócios
Mas, Londres, menos acessível continua a ser o centro da civilização, se com isto queremos (será?) apontar o mundo dos negócios cada vez mais aqui: “eu, para falar com os tipos da UBS (Union de Banques Suisses) é no escritório em Londres”, lembrava Hogan. Por isso vim aqui para me reunir com os dois Johns.

Ajuda de um grande “guru”
Nós, em Lisboa, estamos cada vez mais arredados dos centros de decisão das grandes companhias. Como a minha ambição é dar aos eventos da Talento uma projecção internacional, com parceiros e patrocinadores multinacionais, tive de me vir aliar a um dos maiores “gurus” da estratégia do marketing desportivo, sobretudo de desportos motorizados. Não só eu: a própria Comissão de Históricos da FIA que, com esta nova presidência de um grande executivo inglês, pretende dar um salto a médio prazo em termos de projecção internacional dos eventos e da modalidade.

O requinte londrino
John Hugues estava louco por receber de mim a versão espanhola da minha biografia do Ayrton Senna (a maioria dos estrangeiros percebe melhor o espanhol – será pela falta de promoção da língua portuguesa?...) e adorou receber os meus primeiros dois livros sobre o Ayrton, aventurando-se mesmo a ler partes do “Ayrton Senna Saudade” enquanto esperávamos o outro John.
Eu nem me importava de esperar o dia inteiro ali, naquele ambiente. Em muitos anos de Londres jamais tinha entrado no Wolseley, um restaurante mesmo ao lado do Ritz, em Piccadily, que acolhe desde as 8h a agitada sociedade de executivos londrinos aproveitando o seu “breakfast” para fazer as suas primeiras reuniões do dia. Nem sei como dá para discutir alguma coisa num ambiente devorador como aquele, que nos absorve todos os sentidos, seja para ver o modo como somos servidos, para admirar as jovens ou para olhar para a decoração.

As recordações boas e … más
Claro que se falou de Fórmula 1 pois foi esse o mundo em que John Hogan se destacou, sendo o motor que pés de pé a McLaren International quando esta surgiu como a evolução natural do Project 4 de Ron Dennis e da desorganização em que estava a McLaren de Teddy Mayer.
Claro que se falou do funeral do querido Creighton Brown, da figura inconveniente que Ron Dennis fez na cerimónia de homenagem a quem tanto o ajudou, inclusive com grande parte da sua fazenda no Brasil como garantia na formação da McLaren International. Mas, Ron parece ter uma memória demasiado … selectiva …
A ponto de numa reunião dos construtores de F1 há uns tempos ter tido a petulância de apontar aos seus colegas empresários que ”a F1 se esquece do papel dele” ao que Bernie Ecclestone terá sussurrado de forma para todos o ouvirem: “pelo seu trabalho como mecânico, talvez…”
Ron deve esquecer-se (mais uma omissão da sua memória) que Creighton foi o principal motor por detrás do projecto do super carro McLaren F1.
Enfim, coitado dele, Ron, que, com estas suas atitudes, perde p respeito que lhe deveria ser dado por tudo o resto, e muito que tem feito. Como é curioso que pessoas que começaram por baixo e subiram tanto têm vergonha das suas origens, quando deveria ser o contrário, pois têm todo o mérito, desde que os métodos usados para terem escalado tão alto tenham sido leais, legais e limpos. Mas, isso também acontece também em Portugal, e até no meio automobilístico…

domingo, 15 de setembro de 2013

FERRARI: RISCO OU GRANDE VANTAGEM?
Segundo muitos, Luca de Montezemolo correu um grande risco ao dar o OK final a Stefano Domenicali para contratar Kimi Räikkonen como companheiro de equipa de Fernando Alonso. Perla primeira vez desde 1953 (G. Farina e A. Ascari) a Ferrari terá dois Campeões do Mundo na equipa. Claro que em 1953 as posturas dos pilotos eram bem diferentes de agora. Mas, será mesmo um problema colocar “dois galos no mesmo poleiro”, como aconteceu entre G.Villeneuve e D.Pironi? Devem lembrar-se –de ver ou ler – a épica batalha dos dois, em San Marino, 1982, que terminou com a traição de Didier a Gilles, não respeitando os sinais de box em que o canadiano acreditou. Por isso perdeu esse GP, deixou de falar com o “companheiro” e esse lamentável facto tornou-o ainda mais agressivo ao volante e terá, em parte, tido alguma influência no seu acidente com Jochen Mass, no GP seguinte, em Zolder.
Essa é a grande questão que todos os comentaristas de Fórmula 1 se colocam. Uns, pensam no “mau feitio” dos dois grandes pilotos. Alonso, porque nunca se deu bem ao lado de pilotos que pudessem contestar a sua liderança na equipa e a sua constante determinação de influenciar todas as decisões técnicas ou táticas do grupo. Ainda por cima por ao seu lado ir estar o piloto que deu à Scuderia o último título mundial, em 2007. Kimi pelo seu estilo de “querer apenas sentar no carro e pilotar”, mas ser, igualmente, um leão em pista.
O finlandês esteve quase para ir para a Red Bull, mas Helmut Marko salvaguardou o seu protegido (Sebastian) de qualquer eventual problema com um companheiro à eus altura, sob a desculpa que Kimi já tem 34 anos e a promoção do australiano Daniel Ricciardo, bem como a sua suspeita de que dois Campeões do Mundo na mesma equipa daria problemas, como confessou ao jornal “O Estado de S.Paulo”.
Conheço os dois – Montezemolo e Marko – desde 1972 e realmente são muito diferentes. E mais, o italiano não tem de dar satisfações a ninguém (pelo menos a este nível), enquanto o austríaco tem de as dar ao seu amigo Dietrich Mateschitz, dono da Red Bull e tomou a via mais fácil.
Em minha opinião, este regresso de Räikkonen a Maranello vai ser uma mais valia não só para a F1 como para a própria Ferrari. Posso estar enganado, mas Kimi está muito mais maduro e Alonso não irá estragar tudo. Ele já é o melhor piloto do grid, o mais completo, e saberá conviver com a experiência do finlandês.
Acho que Montezemolo não se enganou. E, este vai ser – junto com a total mudança técnica dos carros – o grande atrativo da temporada 2014.
Domenicali também está satisfeito com esta contratação e afirma que os dois terão tratamento igual, embora um venha a ter de ajudar o outro a partir da fase do compeonato em que haja diferença pontual. Isto para bem da equipa, como é natural. Mas, esperemos sem as situações escandalosas de Schumi…

Massa de fora, com louvores
Depois de seis temporadas na Ferrari, Felipe sai da Scuderia depois de ter – como Barrichelo em situações mais mediáticas, como na Áustria, com M.Schumacher – sido o escudeiro obediente de Alonso. Sempre foi um “team player”.
Domenicali na sua declaração oficial ao site oficial formula1.com presta-lhe grandes elogios a não são “da boca para fora”. Mas, mais bonito ainda á a despedida de Alonso: “Quero agradecer a Felipe toda a ajuda que me deu, bem como à equipa, durante todo o tempo que estivemos juntos.”
E, diretamente para o brasileiro: “Desejo-te toda a sorte para o futuro. Vais ser um duro oponente qualquer que seja a equipa para que vás. E, ainda teremos sete GPs para nos divertirmos” Bonito.
Aos 32 anos, Massa luta para se manter na F1, e seu empresário, Nicolas Todt, negocia com Lotus, Force India e Sauber. Com tudo o que ele fez pela Ferrari, esta tinha obrigação de o ajudar a entrar em uma das equipas que usarão os seus motores V6.
Pelo menos, toda a torcida brasileira espera que no primeiro GP de 2014, 16 de março, na Austrália. A estreia de Emerson Fittipaldi, no dia 18 de julho de 1970, num Lotus, em Brands Hatch, pós fim a uma era da F1 sem brasileiros a correrem regularmente na F1. .

Benfica TV – um escândalo
Quando o presidente do S.L. Benfica declarou há umas três semanas, a propósito da sua brilhante jogada de se ver livre do monopólio da SportTV, que já tinha mais de 100.000 ninguém pode duvidar que uma percentagem apreciável dos telespectadores que migraram da SportTV – como eu - nem sequer tiveram como motivo principal ver os jogos dos encarnados na Luz. O chamariz principal – para esses – foi a Premier League inglesa.
Agora, é um escândalo que uma estação de TV, ainda mais dirigida pelo competente e experiente José Eduardo Moniz, faça comos seus assinantes o que está a fazer em termos de programação. Jogos da Premiership como seu primeiro visionamento de madrugada. Escolha errada de jogos? E, que equipa é o “Totenham City”?
Todos erramos, é certo, mas há que haver alguém que saiba um pouco do futebol inglês para emendar erros infantis como esse neste fim de semana.
Todos gostamos de ver outras modalidades, mas José Eduardo, por favor lembra-te que há muitos milhares de assinantes que querem, sobretudo, ver os jogos dos “Spurs” ou de outras equipas inglesas. Ou a Benfica TV é apenas para os benfiquistas? Duvido que tenha sido esse o plano de marketing.
Que saudades da Premier League na SportTV.

Mundo livre da poliomielite – em 2015?
Fora do desporto, e muito mais importante que a F1, Stephan Cochi, da Organização Mundial de Erradicação da Polio anunciou esta semana que no ano passado houve apenas 96 casos este ano em todo o mundo e que se espera que o planeta fique finalmente livre desta terrível doença. Junto com a varíola é a segunda que ainda afeta a população de todos os países.
No entanto, no noroeste do Paquistão, os Talibãs terão imposto a proibição às vacinas da polio, o que poderá afetar 280.000 crianças, de acordo com a OMS. Este é o nosso “mundo cão”!

terça-feira, 10 de setembro de 2013

NADAL A CAMINHO DO TOPO MUNDIAL

Nesta primeira crónica (ou mensagem, como quiserem) neste meu novo espaço de comunicação volto às minhas origens de jornalista, quando, correspondente de “A Bola” em Londres desde janeiro 1961, cobri o Torneio de Wimbledon nesse ano e no seguinte.
Ao assistir estes dias pelo “Eurosport” ao inolvidável US Open, em Flushing Meadows, New York, recordei a beleza do ténis do também inesquecível Rod Laver vencedor no All Englang Tennis Club em 1972. A evolução física dos jogadores e os novos equipamentos – raquetas – usados atualmente  proporcionam batidas muito mais fortes e uma velocidade de jogo muito maior. Isto faz com que se jogue sobretudo no e para o fundo da quadra. No entanto, houve momentos da final em que Rafael Nadal dominou mental e taticamente Novak Djokovic em que as subidas de ambos à rede– sobretudo do sérvio – deliciaram-me com as recordações do ténis de Laver.
Pena que Djokovic tivesse perdido três “match points” e um jogo de serviço no terceiro set, que lhe foi fatal, indo abaixo mentalmente e perdendo o seguinte por 6-1, para fechar o jogo num 3-1 que não reflete a paridade de grandeza dos dois primeiros do ranking mundial. Ficou patente que o espanhol nesta sua 13ª vitória num Major é o mais forte e em breve passará a ser o maior de todos os tempos ultrapassando ao 14 Grand Slams de Pete Sampras, os 17 de Djokovic e os 18 de Roger Federer (que teve um US Open para esquecer, ou para pensar bem no resto da sua brilhante carreira).
Melhor até que as exibições do espanhol (ainda nº 2 mundial) nestas duas semanas nova-iorquinas – depois de uma ausência de sete meses lesionado num joelho – foi, para mim, a sua última frase na entrevista, ainda no court principal, a Mats Wilander, vencedor de sete Grand Slams: “Quero sobretudo agradecer a quem me ajudou e apoiou no ano passado, quando não estive aqui”.

Estrelas brilham e veterano confirma talento
Neste US Open puderam prever-se os grande futuros do suíço Stanislas Wawrinka que obrigou Djokovic ao seu melhor para passar uma meia final de cinco horas e do francês Richard Gasquet, que bateu Ferrer até ser inevitavelmente dominado em três sets pelo bulldozer Nadal na meia final.
Outra boa surpresa foi o australiano Lleyton Hewitt (o mais jovem nº1 do mundo, aos 20 anos, em 2001, depois de vencer o US Open e antes de ganhar Wimbledon em 2002) que, agora 66º do ranking, aos 32 anos, derrotou em cinco sets o espanhol Juan Martin del Potro, campeão em 2009, na segunda ronda.
Uma má nota vai para o estilo como os apanha-bolas foram treinados, bem diferente da forma como atuam os mais jovens de Wimbledon. Prefiro os ingleses, claro.

Serena Williams será a maior de sempre
Batendo a bielorussa Victoria Azarenka por 2-1, a norte-americana Serena Williams ganhou o seu segundo US Open, atingindo 17 Grand Slams no seu currículo, o que nos faz prever que em breve passará os 18 de Martina Lavratilowa.
Com o imponente Arthur Ashe Stadium, de capacidade duas vezes maior que Wimbledon, lotado na maioria dos jogos a partir dos quartos de final não espanta que Serena tivesse recebido este ano um cheque superior a 3,2 milhões de dólares.

Ferrari rouba pódio a Massa
Para que os meus seguidores não pensem que não escreverei sobre automobilismo, gostaria de apontar que a Ferrari, com a perda de 0,8 seg na troca de pneus de Massa para o trabalho de box da Red Bull na paragem de Webber terá roubado um pódio a Felipe, tanto mais que ambos os carros ingleses (sim, sei que a equipa é austríaca…) tiveram problemas de caixa.

FIFA faz má escolha de árbitros
E, também, para que os que, como eu amam o futebol – em que dei os primeiros passos como jornalista em 1961 – não pensem que me vou alhear do que se passa nesta modalidade, aponto desde já o dedo aos colaboradores de Herr Blatter que parece não saberem quem escolhem para arbitrar importantes jogos, como Irlanda do Norte-Portugal. Esse “senhor” sueco Danny Makkele, não tem perfil para um jogo do mundial (apuramento) – é demasiado nervosinho para o meu gosto (e o de Postiga…) e o seu poder e rapidez de decisão deixam muito a desejar!
Fiquem apenas descansados os adeptos e jogadores de rugby pois sobre esse desporto que a minha mulher apelidou há dias de “quele  em uns mastodontes se amontoam”, nada sei, a não ser que os neozelandeses se impõem e começam os jogos com uns intimadores.

De resto, escreverei um pouco sobre tudo o que aprendi com grandes mestres em mais de 52 anos de jornalismo e o que a vida me foi ensinando. Em desporto e no nosso dia-a-dia.