MICHAEL SCHUMACHER:
O compromisso da Imprensa é com a
ética e o público
Por Americo
Teixeira Jr. – “O fato de Michael Schumacher ter saído do coma e
ser transferido para um hospital na Suíça, como anunciado na manhã desta segunda-feira,
repercutiu no mundo todo e ampliou ainda mais a já gigantesca onda de amor em
relação a ele. Mas ao mesmo tempo abriu uma espécie de “temporada de caça”.
É absolutamente legítima a
decisão da família em blindar tudo o que se refere ao atual momento do
ex-piloto de Fórmula 1, incluindo aí as raras e evasivas declarações públicas.
Claro que a dor tem de ser respeitada e o direito a privacidade, inviolável. Ninguém
poderá criticar qualquer pessoa que tenha tido algum tipo contato com o ídolo
da Ferrari, desde o dia 29 de dezembro passado para cá, que venha a optar pelo
silêncio.
Só que toda moeda tem dois lados
e, neste caso, a outra face é representada por milhões de pessoas no
mundo que vibraram com suas performances esportivas e que, agora, unem
pensamentos positivos e orações para que se recupere. É com esse público que
está o compromisso da imprensa.
O respeito à família está em
nunca, jamais, em tempo algum abrir mão de recursos éticos para obter a
notícia. Mas o respeito para com o público está em buscar o maior número
possível de informações sobre o estado de Michael Schumacher, sempre com
profissionalismo e independentemente da vontade de poucos.”
Deveres e direitos
Não
piodia estar mais de acordo com o texto do meu colega Américo Teixeira Jr no seu blog: é
também dever da família dar informações detalhadas sobre o estado de Schumi,
pois o prestígio e a popularidade dele estão baseados na repercussão que ele
sempre teve em todos os adeptos do automobilismo desportivo no mundo inteiro.
Foram eles – e, claro, as performances do piloto – que permitem, agora, à
família ter o socego financeiro para encarar o longo tratamento e o futuro
apoio a Michael. Além, claro, do seguro.
Por
isso, não é justo que o público que o projetou e que justificou os chorudos
ionvestimentos dos patrocinadores dele, se veja privado de informações
concretas sobre o estado do seu ídolo. Sempre de forma a zelar pela privacidade
do indivíduo e da sua família, como os bons jornalistas sabem fazer. E, para
que não haja alguém a extravasar esses limites éticos, o melhor seria, claro,
que a assessoria de imprensa de Schumi que há seis meses não cumpre o seu dever
com a media internacional e com o povo, cumpra o seu dever. De informar.
Sem comentários:
Enviar um comentário