Neste fim-de-semana, Manuel Mello Breyner cumpriu, com a realização do 1º Salão dos Campeões, uma das suas promessas eleitorais a caminho da Presidência da FPAK.
Com a presença de uns 40 carros de competição – a maioria bastante interessante –, umas10 motos, todas interessantes, e uns 10 karts, este primeiro certame da era Breyner merecia mais, sobretudo por parte do público, cuja afluência ficou bem abaixo do esperado.
Quando pelas 15h de sábado cheguei ao estacionamento da Expo Salão da Batalha – realmente uma infraestrutura de grande valor para a região, e que simultaneamente albergava uma exposição de veículos usados – fiquei muito surpreso por ver tantas vagas, sobretudo porque já estava perto da hora dos maiores nomes do nosso desporto motorizado, os campeões, darem a sua sessão de autógrafos – António Félix da Costa, Felipe Albuquerque, Miguel Barbosa, José Pedro Fontes, e outros.
Depois entrei, e o recinto impressionou-me, mas tive uma sensação de “saber a pouco”. Claro que estamos em crise, para todos, e embora o local tenha sido muito bem escolhido pela nova equipa da FPAK – a meio do país – foi nítido que faltaram alguns carros que eram esperados. No entanto, transporte e estadia para “apenas expor” os seus carros, não esteve ao alcance – pelo menos mental – de alguns, que não terão pensado mais para a frente, no sentido de lançar esta semente (ou não terão tido essa possibilidade económica).
Esta foi uma importante primeira pedra lançada por Mello Breyner, mesmo que não tivesse tido o sucesso com a esperada adesão do público. Foi uma iniciativa no bom sentido de levar os automóveis para junto de um público que ou não entendeu ou não foi informado ou muito simplesmente não compreendeu o que lhe estava a ser oferecido por apenas €3 – a oportunidade de ver de perto, de tocar em carros emblemáticos do nosso automobilismo e de ter um contato direto com os ídolos nacionais do nosso desporto. Talvez por não estarem habituados a isso. Mas, valeu Foi uma primeira semente que trará frutos no futuro, estou certo, até porque não estou nada de acordo com um amigo que me disse logo que cheguei “coitado do “Formiga” ter de aturar, estar sempre a tirar fotos com este e com aquele, e ter de dar autógrafos”.
Justamente foi contra esta errada linha de pensamento que se terá realizado este I Salão dos Campeões. Campeões que sabem ser essa a sua obrigação – alimentar o sonho dos seus adeptos, semear o sonho, as sensações que o automobilismo e seus principais atores – os pilotos – têm de fomentar.
O caminho é duro, mas é preciso dar os primeiros passos por caminhos diferentes dos errados que estavam a ser tomados, em vários campos, de iniciativas ou de posturas. Este foi um deles. Que deixará frutos.
No entanto, o público precisa de aderir mais pois, se não o fizer, não pode, depois, reclamar que nada se faz. E, deixar a sua passividade, a sua timidez, e participar mais destas sessões de autógrafos que são feitas para proporcionar maior intimidade com os protagonistas do desporto. O português parece que tem vergonha, que tem medo de interagir, de fazer aquilo que, no fundo, quer.
Por último, uma outra realidade: ao norte de Leiria (e a Batalha fica mesmo ali juntinho, uns poucos kms a sul) é que há paixão pelos automóveis. A prová-lo muitos dos que vi na Batalha eram do Norte…
MUSEU CR7 – UMA REALIDADE POR
INICIATIVA PRÓPRIA
Também este fim-de-semana, Cristiano Ronaldo inaugurou o seu museu, na
sua terra, Melhor, a Madeira teve a honra de ver inaugurado um museu que
homenageia o seu maior desportista português do momento – e um dos maiores de
sempre.Não conheço ainda este museu. Espero que quando o for visitar … a segunda Bola de Ouro já lá esteja, embora duvide muito que a vontade do tal de Blatter, eleito Presidente da FIFA, como a grande maioria dos presidentes dos seus antecessores e dos presidentes das Federações a Internacionais são, de forma muito pouco transparente. Aliás, até bem transparente pois sabemos bem os métodos utilizados de aliciamento dos seus eleitores – os presidentes das Autoridades Desportivas Nacionais.
MUSEU SENNA – UM SONHO POR
CONCRETIZAR.
Bem, não é disso, dessa enorme e fedorenta sujeira que vos escrevo hoje.
É de outra, sobre a qual já escrevi, e que escandaliza muitos milhares, milhões
de fãs de Ayrton Senna – depois de quase 20 anos do tanta, tanta gente que
tinha no Ayrton uma luz de esperança, de orgulho, uma alegria nas suas vidas
muitas vezes desgraçadas, que via nele um símbolo, um herói; depois de tanto
tempo de orfandade de Ayrton, continuam sem saber por que motivo ainda não têm
um museu do símbolo da sua esperança e de motivo de alegria?
Por que motivo a TAS-Torcida Ayrton Senna, que continua a ser levada a
custas penas pelo meu amigo Adilson Carvalho de Almeida, merece, como sempre, a
indiferença da Fundação Ayrton Senna, e tem como amparo apenas o Patriarca de
família, o Sr Milton, pai de Ayrton, e o desdém da “todo poderosa” Viviane
Senna da Silva Lalli, irmã de Ayrton, que só no ano passado confessou
publicamente numa entrevista à TV Record que a ideia do seu irmão não era exatamente
fazer uma fundação com o seu nome, mas fazer uma série de ações beneficentes,
como ele sempre fez de modo sigiloso. Aliás não seria pensável que fosse de
outra forma, já que Ayrton sempre se opôs a qualquer divulgação ou publicidade
aos seus atos beneméritos nos últimos anos da sua vida. Ele sempre quis manter
o anonimato das suas doações. Algo muito diferente do que a psicóloga, Dra.
Viviane tem vindo a fazer nos últimos 18 anos.
Mais uma vez me questiono: já que Viviane – que, sem dúvida, tem o
grande mérito de ter fundado e mantido florescente o Instituto Ayrton Senna,
com obras de grande valor social – sobretudo para crianças – a que sempre faz
questão de associar o nome de Ayrton e o seu – por que motivo até agora não
proporcionou ao povo brasileiro – e não só – o Museu Ayrton Senna, para o qual
o Município de São Paulo já teria doado um terreno?Não foi certamente a pífia exposição (embora tecnologicamente muito moderna e interessante) que organizou há dois anos num canto da Estação de Metro da Sé, em São Paulo, que pode satisfazer o povo, e muito menos esteve à altura de Ayrton, seja em dimensão seja em forma seja ainda pela falta de perenidade que ele merece.
Não será certamente por falta de fundos que esse museu ainda não foi erguido pois não faltarão apoios pera o erguer e manter. Está Viviane à espera do quê?
Lamentável. Como seria uma justa homenagem a Ayrton que no próximo dia 1 de maio, o povo, sobretudo o brasileiro, pudesse ter o seu museu, como tem no edifício do Estádio do Pacaembu, em São Paulo, um excelente Museu do Futebol, onde pode recordar os seus ídolos, como Domingos da Guia, Bellini, Nilton e Djalma Santos, Pelé, Garrincha, Vává, Zico, Ronaldo e tantos outros.
Infelizmente, sinto falta não somente de um espaço destinado ao Ayrton, mas também a História Brasileira na Fórmula 1. Por que não reunir equipamentos, fotos e carros de nossos pilotos? Dois modelos Copersucar foram restaurados, mas não possuem um Museu específico para eles.
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