Ee blog terá, pelo menos duas vezes por semana, as minhas opiniões e comentários sobre desporto – sobretudo automobilismo – e sobre a vida nacional (portuguesa e brasileira) e internacional, com a experiência de 52 anos de jornalismo, 36 anos de promotor e 10 de piloto. Além de textos de convidados, e comentários de leitores.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013


OS MILHÕES da FÓRMULA 1 e FELIPE MASSA na WILLIAMS.
Ontem, o meu amigo brasileiro Américo Teixeira Jr escrevia no seu blog (www.diariomotorsport.com.br) que Felipe Massa está indo para a Williams com um contrato de cinco anos, sem ter de levar dinheiro, ou seja, irá receber um ordenado de Frank Williams.
Para mim, foi uma decisão certa para os dois lados, embora ache muito estranho o contrato ser de cinco anos, tendo Felipe já 33, e o atual estado da F1 não aconselhar s contratos tão longos. Para Frank Williams é a certeza de ter um piloto de grande experiência, e um ex-vice-campeão mundial, o que lhe será útil na obtenção de mais alguns patrocínios de vulto. E, assim, o Brasil não ficará sem nenhum piloto na F1, o que iria acontecer pela primeira vez em muitos anos. 
Ayrton Senna com Frank Williams, nos testes de 1983, em Donington Park.
 
Como de costume, muitos brasileiros fizeram comentários a este seu texto (ao contrário dos portugueses que se retraem muito mais e só meia dúzia comenta no Facebook os meus textos).
E, alguns desses comentários focavam o facto de Felipe de certamente receber uns milhões enquanto grande parte da população brasileira continua a gter grandes dificuldades económicas. Além de eu não acreditar que Massa vá receber o mesmo que auferia em Maranello (contingências de finalde carreira…) , esta questão do dinheiro que as estrelas da Fórmula 1 e de outros tipos de desporto recebem é muito controversa. Não nos esqueçamos, primeiro, que enquanto um executivo de topo pode viver profissionalmente uns 30 anos – ou mais – recebendo um salário de alguns milhões por ano, um atleta – seja de F1 ou de basketball ou de futebol ou de futebol americano ou de ténis, para referir apenas algumas modalidades – tem uma vida útil muito menor.
Hoje, infelizmente não posso desenvolver mais o assunto pois tenho de ir para o hospital para me ser implantado um desfibrilador no peito, no seguimento do meu infarto de há três semanas, mas no domingo desenvolverei mais este tema socioeconómico, comparando os salários dos desportistas de topo com o Produto Interno Bruto per Capita dos seus respetivos países, e esses leitores do artigo do “Diário Motorsport” vão ficar tão boquiabertos quanto eu.

Os salários dos pilotos de Fórmula 1
Entretanto deixo-vos a lista de salários atuais dos pilotos de F1, para pensarem um pouco no assunto:
O Business Book de 2013 publicou há uns meses, antes da temporada deste ano, os salários dos pilotos de Fórmula 1, em euros:
1 – Lewis Hamilton (Mercedes) e Fernando Alonso (Ferrari) – €20 milhões
3 – Jenson Button (McLaren) – €16 milhões
4 – Sebastian Vettel (Red Bull) – €12 milhões
5 – Nico Rosberg (Mercedes) – €11 milhões
6 – Mark Webber (Red Bull) – €10 milhões
7 – Felipe Massa (Ferrari) – €6 milhões
8 – Kimi Raikkonen (Lotus) – €3 milhões (mais US$50.000 por ponto conquistado ou seja, até hoje, mais US$8,85 milhões).
9 – Sérgio Perez (Mclaren) – €1,5 milhões
10 – Romain Grosjean (Lotus), Pastor Maldonado (Williams) e Nico Hulkenberg (Sauber) – €1 milhão
13 – Valteri Bottas (Williams) – €600.000
14 – Jules Bianchi (Marussia) e Adrian Sutil (Force India) – €500.000
16 – Paul di Resta (Force India), Jean Eric Vergne (Toro Rosso) e Daniel Ricciardo (Toro Rosso) – €400.000
19 – Esteban Guitirez (Sauber) – €200.000
20 – Charles Pic (Caterham), Giedo van der Garde (Caterham) e Max Chilton (Marussia) – €150.000 euros.

Claro que a estes salários haverá, penso eu (dependendo do critério do “Business Book” que tratarei de descobrir nos próximos dias), que somar os contratos publicitários pessoais de alguns pilotos que não os incluíram nos seus acordos com a respetiva equipa.

1 comentário: